Internacionální proletáři: pela verdadeira solidariedade de classe com os proletários "refugiados" e "imigrantes"!

Nós, o proletariado mundial na Europa, devemos lutar contra a violência do Estado para com os nossos irmãos e irmãs de classe que aqui chegam, temos que denunciar todas as tentativas ideológicas de dividi-los em "refugiados" e "migrantes econômicos", e todas as tentativas de trancafiá-los em campos de concentração ou de deportá-los. Temos de contestar a falsa solidariedade da direita, esquerda ou da extrema esquerda do capital, que os veem apenas como uma ferramenta para uma futura divisão ideológica imposta à nossa classe. Temos que auto-organizar a luta de classes juntos com eles e com o proletariado no resto do mundo.

Submitted by Guerre de Classe on November 2, 2015

Camaradas, proletários da Europa e do mundo, mais uma vez dizem que estais sob a ameaça de alguns "estrangeiros". Estais sendo chantageados com mais cortes nos "serviços sociais" e com a perda dos vossos empregos... como se isso já não fosse o objetivo de sempre da classe dominante! E que estais ameaçados pela propagação da "religião estrangeira" e da "cultura estrangeira" e obrigados a defender "seu próprio" país, cultura, fé... etc... como se isso significasse alguma coisa que não defender os interesses de facção local do burguesia! Como se isso servisse a qualquer outra coisa que não manter a lei e a ordem capitalista e reforçar a ideologia dominante, que nos faz aceitar a nossa própria exploração!

Divididos em "brancos" e "negros" ou "ciganos", "imigrantes" e "nativos", "homens" e "mulheres". Não importa quantas vezes nós sofremos isso, a burguesia está de novo pronta para outra vez usar desses truques sujos contra nós! Isso serve ao propósito de separar a luta de classes em uma parte do mundo da luta de classes em outras partes. Para separar proles de proles, para que nos consideremos uns aos outros não como irmãos e irmãs de classe, mas como inimigos.

A atual onda de refugiados que chegam à Europa da Síria, Iraque, Somália, Afeganistão, Egito, Ucrânia, etc. é um produto do esmagamento brutal das lutas proletárias: - greves, motins militares e insurreições. De lutas respondendo à crise capitalista e suas expressões sob a forma de aumento de preços dos produtos básicos, como alimentos, combustível e moradia, aumento do desemprego, redução dos salários reais, uma maior racionalização da produção e aumento do controle estatal que está afetando o proletariado em todo o mundo.

Eles foram bombardeados, alvejados, reduzidos à fome e torturados... eles foram atraídos e pressionados por várias facções burguesas locais - nacionalistas, islâmicos, separatistas, sindicalistas ou "municipalistas libertários" - para transformar sua luta por melhores condições de vida e contra a repressão estatal numa luta por símbolos e bandeiras nacionais, partidárias ou religiosas, para fazê-los odiar e matar uns aos outros.

A fim de impedir que o movimento proletário que estava incendiando o Magrebe (norte da África) e o Maxerreque (Levante), Turquia e Grécia, assim como muitos países africanos, destruísse as fronteiras - internas, bem como as da "Fortaleza Europa" -, frações burguesas euro-americanas (Rússia incluída), unidas na divisão, abastecem todas aquelas seitas e milícias políticas e religiosas com dinheiro, armas, propaganda e informação de inteligência dos serviços secretos. Ao mesmo tempo que tem por objetivo assegurar seus interesses geopolíticos e econômicos na competição inter-burguesa.

Neste momento, quando as últimas expressões da luta autônoma da nossa classe na Síria, Iraque e em outros lugares estão sendo derrotadas e sua raiva canalizada para o apoio popular aos lados das guerras civis, esse conflito inter-capitalista escalou em mais um abate em massa do proletariado. E quando as proles dessas regiões tentam escapar para salvar suas vidas, quando não há perspectiva para eles senão sofrimento, eles são mais uma vez utilizados como meros chicotes ideológicos contra os proles "locais".

Nós, o proletariado mundial na Europa, devemos lutar contra a violência do Estado para com os nossos irmãos e irmãs de classe que aqui chegam, temos que denunciar todas as tentativas ideológicas de dividi-los em "refugiados" e "migrantes econômicos", e todas as tentativas de trancafiá-los em campos de concentração ou de deportá-los. Temos de contestar a falsa solidariedade da direita, esquerda ou da extrema esquerda do capital, que os veem apenas como uma ferramenta para uma futura divisão ideológica imposta à nossa classe. Temos que auto-organizar a luta de classes juntos com eles e com o proletariado no resto do mundo.

Temos que estender a nossa fraternização além da solidariedade imediata, como comida, abrigo, remédios!

Temos de nos organizar em conjunto para proteção contra a violência do Estado!

Temos que discutir juntos e compartilhar as experiências de luta para ajudar-nos a conhecer todas as armadilhas e manipulações burguesas!

Temos que agitar pelo derrotismo revolucionário na zona de guerra, e também aqui para interromper o fornecimento militar!

Temos que lutar juntos contra as medidas de austeridade aqui e agora!

Temos de reconhecer a nossa luta na luta deles e entender que ela é impulsionado pelos nossos próprios interesses de classe global. A classe explorada que vai acabar com toda a exploração e destruir e superar a sociedade de classes capitalista na revolução comunista global!

internacionální proletáři (proletários internacionalistas)

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